Miguel, José e Pilar: notas sobre a imersão do cineasta no espaço-tempo dos personagens
MARIA DO SOCORRO FURTADO VELOSO
MARIA ANGELA PAVAN
A partir do filme José e Pilar (2010), resultante de uma imersão de quatro anos do diretor Miguel Gonçalves Mendes no cotidiano do escritor José Saramago (1922-2010) e de sua companheira, a jornalista Pilar Del Río, este estudo tem por objetivo investigar os métodos de realização característicos do documentarista português. As autoras, nesta análise, levam em consideração o tempo a que o cineasta recorre para promover o que compreendem como tentativa de eternização de instantes do dia-a-dia de seus personagens. Esta reflexão, portanto, abarca a temporalidade na construção do audiovisual – aqui percebido como um importante recurso para o resgate da memória, ainda que esta seja considerada por alguns teóricos como um rio sem margens (SARLO, 2007).
Palavras-chave: Literatura. Cinema. José Saramago.
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